sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Eu não presto?



Eu não tenho nenhuma importância para você.
Meu mundo é muito pequeno como você já disse.
Sentado na calçada vejo muitas crianças sorrirem.
Em cada uma há esperança e um caminho a seguir.

Eu não presto? Sou um tolo? Um verme talvez?
Um desviado? Esquizofrênico? Cheio de insensatez?
Quando vou mudar? Quando vou voltar a crescer?
Quando vou deixar Deus a minha vida devolver?

Hoje desfruto do fruto dos meus muitos pecados.
A linda paisagem diminui, o horizonte é abreviado.
Para onde estou olhando? Alguém está a pensar.
Enquanto meus olhos não param de se movimentar.

Eu não presto? Sou um inútil ? Um tolo talvez?
Um afastado? Um lunático ? Cheio de insensatez?
Quando vou mudar? Quando vou voltar a crescer?
Quando vou deixar Deus a minha vida devolver?

A cada queda, a cada falha tento voltar ao começo.
Não sei me expressar, não comunico os sentimentos.
Estou obsesso, não vejo mais nada na minha frente.
Só memórias distantes e atitudes inconsequentes.

Eu não presto? Sou um demente? Um bobo talvez?
Um desgarrado? Um depressivo? Cheio de insensatez?
Quando vou mudar? Quando vou voltar a crescer?
Quando vou deixar Deus a minha vida devolver?

1 Comments:

Blogger roberta said...

Oi, cheguei no teu blog clicando no "próximo blog" da barrinha do blogger, e gostei bastante do teu poema.

Como george Orwell disse "talvez lunático seja apenas uma minoria de um". Mas, citando um dos meus poetas favoritos, acredito que "se o louco persistisse em sua loucura, tornar-se-ia sábio".

Parabéns pelo excelente texto.

Roberta
http://esquizofreniacoletiva.blogspot.com

6:42 PM  

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